O aroma de jasmins e lirios tomava todo aquele belo local de uma forma delicada e bonita.O dançar da grama na brisa produzia um som que acalmava minha alma e me fazia até sorrir, a luz do sol deixava ainda mais a sensação de que tudo ali era perfeito e que a primavera tinha acabado de surgir.
Em minha mente ,tudo aquilo era como uma bela musica entoada pelas mais belas vozes que poderiam existir,eu não via ninguém.No entanto, não havia solidão para mim, o silêncio musical daquele local era mais acolhedor do que o colo de uma mãe para um garoto orfão.Um sonho que torna-se, meio que por milagre, verdade.
Porém, uma dissonância atrapalhava a contemplação da sinfõnia que materializava-se em cada esboço daquele local,um pensamento ou talvez apenas uma sensação, que em seu pulso constante fazia-me lembrar de coisas que doíam o meu coração,primeiro sussurros, depois gritos, aos poucos aquela visão luminosa de um lugar perfeito perdia o brilho e seu sabor doce dando lugar ao acinzentado e ao amargo dos ruidos que tomavam minha atenção.
Vagarosamente o céu azul começava a se desconstruir como um imenso jogo que as crianças chamam de quebra cabeças,as peças flutuavam e brilhavam até se consumir no vázio, enquanto os lírios choravam o fim das jasmins ,que por sua vez não aguentavam a dor que os lirios expressavam em sua lamuria, no lugar da canção da grama, explosões púrpuras finalizavam o que por um momento eu pensei que era eterno.
E quando o chão que era tão macio, transformou-se em espinhos e provou o sabor do meu sangue, que dos meus pés descalços brotava. O solo transformou-se no nada fazendo-me cair dentro do escuro que o sustentava.
No derradeiro momento da queda minhas pálpebras contrairam-se e eu me surpreendi, não havia dor apenas algo fofo de baixo do meu corpo.Abri os olhos esperando alguma coisa que não sabia o que era e descobri, ainda estava lá. Não no paraiso.Mas, sim no inferno, na guerra, dentro da tenda de cura ao lado de minha espada esperando que meu corpo se recuperasse ou ao menos levasse-me definitivamente aquele belo local que chamo de paraíso.
ei rapaz, vc não me avsou que tinha feito esse blog, eu vi pelo e-mail cara. a excelência de sempre não é sr.botelho.
ResponderExcluira descrição está muiito boa, adorei a citação da flauta mágica(encantada).
parabéns!
Meu primo, me perdoe pela demora em comentar, é que tive algumas dificuldades em acessar seu blogg ^^'.
ResponderExcluirMas quero comentar primeiro nessa poesia, por que foi ela que deu a certeza para mim e Roger que esse era seu blog, esse jeito particular que você tem de escrever é lindo... gosto muito!
Bem legal... descrições que chegam a ser lisérgicas... parabéns...
ResponderExcluirnão deixe de visitar meu blog novamente...
terraslendarias.blogspot.com
abraços!